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sábado, 26 de setembro de 2009

A re-visão moderna da enciclopédia de então

Há uns anos atrás, ainda era eu um estudante de Física no Técnico, deparei-me com a minha reluctância em aprender a lidar com a burocracia e com a papelada. Sentia-me no auge das minhas forças e, ao mesmo tempo, sentia-me um bestial ignorante dos meandros deste mundo, a nossa sociedade. Visionei então um diagrama enciclopédico que descrevesse o funcionamento ao mais pequeno detalhe da sociedade civil, e que descrevesse a sua organização. Quais os órgãos que governam? Quais os que legislam? Quais os que policiam? E os que ajuízam? Porque esta separação? Amaldiçoei, mais uma vez, os sistemas de ensino francês e português (andei em ambos os sistemas) por nos deixarem na ignorância completa e por não nos terem disciplinado e consciencializado para a realidade desta sociedade civíl, que ainda hoje rege-se por pessoas com a visão curta sobre o seu funcionamento.

A visão do "diagrama da vida urbana" é uma visão em todo semelhante à dos primeiros enciclopedistas, célebres filósofos do Iluminismo francês (leia-se Diderot, Montesquieu, D'Alembert, entre outros) que, por volta de meados do século XVIII, ainda a revolução francesa andava longe e ainda o "Despotismo Iluminado" era a forma de governação mais desejada pela elite intelectual de então, tinham por objectivo supino a intenção de compilar todo o conhecimento do Mundo numa pilha de livros. Essa enciclopédia conteria em particular a descrição de todas as profissões e todas as artes. Essa visão, para além de ter criado a enciclopédia como a conhecemos, também levou a fundar mais tarde o "Musée des Arts et Métiers" em Paris, cenáculo do início e desfecho do "Pêndulo de Foucault", romance pseudo-histórico do escritor italiano Umberto Eco que de resto, recomendo ajuizadamente a sua leitura.

A minha visão do "Diagrama da Vida Urbana" propõe-se, como objectivo póstume, a criação do "Museu da Sociedade Civíl", onde os seus visitantes poderão ver como os seus antepassados eram identificados em vários bilhetinhos de papel. Mas sobretudo pretendo que este seja um passeio de consciencialização, como um novo acordar sobre este nosso Mundo, a sociedade civíl.

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