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sábado, 26 de setembro de 2009

Sobre o "sub-prime", ou a crise do crédito e a banca

Saudações,

Sobre o sub-prime e a crise do crédito: eu adorei este documentário, intitulado "Money as Debt" traduzido do original "L'Argent Dette" de Paul Grignon. Um must-see; a não perder. Altamente recomendado.

http://www.youtube.com/watch?v=vVkFb26u9g8

É irónico, mas concordo com a afirmação, encontrada neste post, de que a capital do Capitalismo (os States) é de facto socialista desde a 2a-guerra Mundial (foi aliás esta ideia que motivou este "comment"), sobretudo desde que garantiu que os "tax-payers" seriam os fiadores de eventuais "bail-outs" consequentes de "fuck ups" cometidos por "greedy bankers", "incompetent statesmen" e "complex financial mechanisms". Chamo-lhe o socialismo para banqueiros. E isso sim, é de facto criar uma gigantesca piramide Ponzi-esca em que temos as massas populares na sua base.

No entanto - digo isto por curiosidade - não vão pensar que o Fed seja estatal. O Fed, ao contrário do que muitos possam pensar, é uma instituição *privada* destinada a regulamentar o sistema financeiro norte-americano. E no entanto, ainda estamos para ver se ficará na História se agiu correctamente ou incorrectamente ...

O tal crédito fácil, ou "easy money", foi consequência duma ignorância financeira por parte dos governos (cujos funcionários são ignorantes deste negócio) e duma certa ganância e tremenda irresponsabilidade dos banqueiros que arriscaram muito mais do que o seu dever lhes permitia. E os bancos sabiam disso! Mas como tinham como segurança o tal "bail-out" pelas massas populares, enterraram a cabeça na areia enquanto viam o seu capital a crescer. E pronto. Passados 20 anos, crise do crédito, mundial!

Os recursos são de factos finitos e o crescimento tem sempre limites. Eu sempre achei que o perímetro do património de um homem não deveria estender-se mais do que aquilo que ele e seus filhos conseguissem percorrer num dia, do nascer ao pôr do sol. Possuir mais do que esse perímetro torna-se pouco saudável e pouco sustentável. Eu apoio a liberdade total dos mercados e do comércio, mas acho que a banca é um caso à parte. Os bancos, hoje em dia, têm muito mais poder do que alguma vez alguém teve em toda a história da humanidade. Terem por único objectivo o *lucro* é um bocadinho redutor e, sobretudo, muito perigoso para toda a Humanidade. Quem tem este poder todo, deve também ter um sentimento de responsabilidade para com a Humanidade ou então torna-se criminoso. (Não me estou a referir que os bancos deveriam ser instituições de caridade, como é óbvio! Estou a referir-me que os bancos deveriam medir sua ganância e agir em prole dum desenvolvimento sustentável!). Um banco deve ter o objectivo do lucro, sim, mas deve ser conservador e moderado, muito conservador e muito moderado. Um banco deve ser averso ao risco, muito averso risco. Conservadorismo, moderação e aversão ao risco, deveriam ser Valores de qualquer instituição bancária de peso. Mais do que isso! Deveria estar-lhes no sangue!

Aliás, se eu quiser depositar os meus valores, prefiro depositá-los numa instituição bancária menos ambiciosa, mas mais segura, (por exemplo, fujo a 7 pés do Banif cujo slogan é "a força da ambição") porque conto rever estes valores quando um dia precisar deles.

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